Eu já escrevi em um de meus livros que o homem é um ser mais de crença do que de conhecimento; a questão está em escolher o melhor em que acreditar. Porque nos anais da Teoria do Conhecimento já foi afirmado que Conhecimento nada mais é do que Crença justificada como certa.
Quando alguém me
pergunta: você acredita em reencarnação?
Eu respondo: Eu não
acredito; eu pesquiso sobre o assunto.
Vou apresentar alguns
textos que me auxiliaram na compreensão do assunto.
O primeiro texto é de Plotino,
o filósofo néo platônico do séc. II d.C. O segundo é de Helena Blavatisky
do séc. XIX.
“Se morrer não é outra
coisa que mudar de corpo, como um ator muda de traje, ou se a morte é apenas
uma saída do corpo como o ator sai de cena depois que seu papel termina, que há
de tão terrível nessa transformação de seres vivos em outros? É assim que o
homem, embora de origem divina e proveniente de regiões elevadas, encontra-se
mergulhado no obscuro receptáculo que é o corpo. É por esse meio que sua alma
recebe o conhecimento do mal, desenvolve seus poderes latentes e manifesta toda
uma gama de operações próprias de sua natureza, que lhe seria dada em vão se
tivesse de viver perpetuamente numa morada incorporal sem jamais passar ao
plano de energia. A passagem por existências diferentes através desse todo que
é o nosso Cosmo provê uma experiência variada de todas as formas de existência
e ensina a força vital a criar corpos viventes cada vez mais belos e
agradáveis. Isso porque a experiência do mal produz um conhecimento mais claro
do bem... Se for conveniente dizer claramente o que me parece, digo que nossa
alma não entra inteira em nosso corpo, pois um aspecto seu permanece no mundo
inteligível. Cada alma possui efetivamente alguma coisa que a inclina para o
corpo e ao mesmo tempo que alguma coisa que a eleva a Deus.” Plotino (205 – 270
a.C.).
“A natureza nunca
deixa sua obra inacabada. Se ela malogra na primeira vez, recomeça. Quando faz
evoluir um embrião, sua intenção é a de que o homem torne-se perfeito física,
intelectual e espiritualmente. Seu corpo deve crescer, deteriorar-se e perecer;
sua mente deve se desenvolver, amadurecer e equilibrar-se harmoniosamente; sua
alma deve iluminar-se e confundir-se suavemente com o homem interior. Nenhum
ser humano completa seu grande ciclo ou seu ciclo de necessidade enquanto tudo
não estiver realizado. É por isto que, como nas revoluções de uma roda, as
mortes e os nascimentos se sucedem numa ordem regular, cuja causa moral é o
apego às coisas existentes, enquanto a causa instrumental é o carma, ou seja, o
poder que rege o universo imprimindo-lhe atividade, mérito e demérito. O
ardente desejo de todos os seres que gostariam de se libertar da preocupação
dos nascimentos sucessivos é, portanto, o de encontrar o meio de destruir o
apego funesto às coisas existentes e às más aspirações... aqueles que em si
destruíram todas
as más inclinações são
chamados “Rahats”. A libertação dos maus desejos lhes assegura a posse de um
miraculoso poder. Ao morrerem, os Rahats nunca mais reencarnam; chegam
invariavelmente ao Nirvana. Mundo das causas no qual todos os efeitos
enganadores ou as ilusões de nossos sentidos desaparecem. O Nirvana é a esfera
mais elevada que poderíamos atingir.
Mas o que o Buda ensinou a esse respeito no sexto
século antes de Cristo, na Índia, Pitágoras já ensinara no quinto século, na
Grécia e na Itália.” Helena Blavatsky (1831 – 1891).
Apenas afirmo que eu
penso sobre este assunto de forma diferente do espiritismo. Eu aprendi com o
ensinamento dos Mahatmas que a encarnação se dá entre
mil ou 12 mil anos após o desenlace.
Neste assunto cada um
aceita o que melhor condiz com sua Razão e sua Intuição Espiritual. Uma coisa é
certa: a evolução vai acontecer seja no Além ou no Aquém após a reencarnação.
Paz Profunda no
Coração de todos!
Eu Sou Eugênio
Christi
- 13:41:00
- 0 Comments